domingo, 26 de outubro de 2008

Gaspar


O Gaspar é o novo reguila cá de casa. Há cerca de dois meses decidimos trazer uma companhia para a Mel, que andava muito sozinha e carente cá por casa.
Foi uma verdadeira aventura, já que a Mel afinal não gostou da ideia e rejeitou o pequenito de 3 meses. Para além disso, ele ficou doente quando foi desparasitado, esteve à beira da morte com suspeitas de uma doença grave (afinal foi só suspeita!), recuperou, mas infelizmente com sequelas na coordenação motora, por ter ficado imensos dias sem comer (provavelmente com uma hipoplasia cerebral). Como se não bastasse, o bravo Gaspar ficou com uma inflamação nos ouvidos e vias respiratórias e continua até hoje ranhoso... e pelo percurso, a Mel, quando já parecia tolerá-lo e aceitá-lo, mordeu o pequenito no lombo e ficou com mais uma ferida para a colecção!
Não foi nada fácil... muita angústia, muitas idas ao veterinário, muito sofrimento para o Gasparzito... mas o malandro conquistou-nos e por aqui anda, já dono e senhor do território da Mel.
Agora já são mais amigos, ou melhor, sem grandes confianças, mas com muita provocação do Gaspar, ciúmes da Mel e algumas brincadeiras pelo meio.
Sim, dão um bocadinho de trabalho, mas a companhia e a ternura destes felinos compensa!

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Danças de Salão

Isto de ter novamente o estatuto de aluna dá direito a algumas actividades extracurriculares... Hoje foram as danças! Kuduru, Bachata e Salsa... Já conhecia e foi óptimo para descomprimir, rir e conviver!


Mas há mais... O tempo é que não sobra!

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Regresso


O regresso foi difícil. Adiado, ponderado, auto-prometido. Voltar a escrever no blog passou para um plano secundário, não por falta de tempo, um pouco por falta de vontade, necessidade de sair do mesmo registo, do mesmo estilo, outro tanto por cansaço de mais do mesmo, das mesmas ideias, pensamentos e palavras que teimam em não variar.




A motivação passou a ser "Vou voltar a escrever no blog, mas apetece-me mudar algo, passar a uma nova fase, como está a acontecer na minha vida". E a esta motivação foi acompanhada do querer o momento certo, a altura ideal, as palavras perfeitas, que nunca chegam.




Haveria tanto para partilhar, para escrever, para contar do que se passou nestes últimos meses... muitas, muito boas, outras, felizmente menos, mais tristes. Algo de marcante surgiu de forma mais ou menos repentina, mas muito desejada: uma mudança, profissional, com grande impacto na vida pessoal. Uma experiência única, inigualável, irrepetível, com tudo o que de péssimo e óptimo me está a oferecer.




Mas o que me "obrigou" ao regresso foi um estado de espírito que frequentemente me predispõe à escrita, um limbo entre a incapacidade de exprimir o que sinto e a vontade de libertar caminho para o rio de palavras retido no meu ser. Um estado em que habita a necessidade de compreender o que aconteceu, porque aconteceu e porque não fui capaz de prever... e me deixa sem fôlego, exausta para seguir em frente sem antes resolver o presente. Defeito... talvez! Feitio... definitivamente.




E agora, ao deitar, só quero sentir que a escrita foi catártica, e que me sinto mais ligeira.




Porque a desilusão só depende das nossas expectativas, que são nossas e podem deixar de o ser. E porque tudo o que percepcionamos hoje é relativo, é a nossa interpretação e não necessariamente a realidade e o que vivemos como sólido e duradouro pode, na verdade revelar-se circunstancial ou frágil. Porque podemos atenuar o que sentimos, é "só" mudar a forma como pensamos. Porque não estamos sempre certos... nem é preciso. Mas também não estamos sempre errados. Porque comunicar é preciso mas aceitar pode ser mais valioso.