domingo, 22 de fevereiro de 2009

Spatitude


O presente generoso que recebi no dia de S. Valentim levou-me até ao Spatitude, um Spa em Lisboa que traduz plenamente o conceito que tinha de Spa.


Depois de quase uma manhã inteira naquele espaço lindo, confortável e luxuoso, onde tive a oportunidade de experimentar 45 min de Hidroterapia e quase 2h de uma massagem Tailandesa muito relaxante, saí de lá completamente renovada, muito "Zen" e num estado de espírito muito equilibrado.


Este é sem dúvida daqueles mimos que toda a gente devia experimentar pelo menos uma vez por ano!

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Secrets & Lies

Segredos. O oculto desejado. Um mistério guardado numa boca perdida, esquecido numa caixinha segura, lá dentro da amizade, ou prestes a ser usado como uma bomba detonada, por quem o apanha mal-intencionadamente.

Um segredo pode ser uma partilha, um desabafo, um colar de palavras que precisa de ser exibido mas ao mesmo tempo escondido. Um segredo pode ser algo que se sabe inadvertidamente mas se esquece por não ser nosso.
Os segredos são como aquelas caixinhas de objectos importantes que guardamos quando somos miúdos, como os bilhetes de uma ida ao cinema muito especial, uma concha de mar de um verão quente e sorridente, um pin da adolescência com significado ou a primeira carta de amor recebida... Guardamos essa caixinha no fundo de um armário esquecido, enterrada no esconderijo do quintal ou do jardim das férias, para um dia mais tarde a recuperarmos... ou para que fique eternamente selada em momentos gravados pela saudade e esquecidos pelo tempo.
Todos nós temos segredos, nossos, dos outros. Somos ensinados desde cedo que os segredos são importantes como tesouros, senão, não os usaríamos com 6 anos para conquistar uma amizade ("Vou contar-te um segredo..."). É uma espécie de moeda de troca para uma amizade ou relação mais forte. Se partilhamos um segredo com alguém, esse outro é especial... supostamente. Sente-se importante porque é o único ou dos poucos a ter uma informação preciosa. É um voto de confiança, ou talvez de ingenuidade, porque quem o passa a deter, pode usar essa informação como quiser: guardar, partilhar com outros, deturpar, espalhar. O segredo torna-se então num trunfo, que mostra a verdadeira natureza da pessoa que o tem, ou da relação que as envolve. Será que existem mesmo segredos que morrem connosco? Será que existem segredos que têm mesmo de ser revelados... ou viver na ignorância é viver feliz?




A complexidade dos segredos não se fica por aqui. Há segredos que são mentiras, que não existem, que são fruto da imaginação, do calculismo ou da maldade de alguns. Aqui, podem ser incluídas aquelas monstrinhas, as intrigas. E estas crescem desmesuradamente, mas ainda mais quanto a importância que se lhes dá. Segredo sem importância, "cusquice", segredo "cabeludo", intriga, mentira, nem sempre é fácil distinguirmos os níveis desta escala volátil.




As relações humanas são complexas demais para as compreendermos na sua plenitude. Mas com paciência e jeitinho, a compreensão vai aparecendo, sempre em forma de desafio e aprendizagem. Ou isto sou eu a convencer-me de que não há pessoas más...

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Despedida

Dizer adeus é sempre difícil. É difícil largar o que nos é querido, quem nos é querido, mesmo quando sabemos que é para uma situação melhor, mesmo quando não se trata de uma verdadeira despedida, porque vamos continuar a conviver, a rir, a conversar, a compreender e a relacionarmo-nos com essas queridas pessoas. Apesar disso, uma despedida é sempre um adeus, por mais que nos convençamos que é um "até já", especialmente quando nos acomodámos à presença constante, diária, permanente nos nossos rituais e rotinas, de tal forma que os gestos tão habituais, as perguntas tão automáticas, o recorrer ao apoio tão inconsciente, surge espontaneamente, mesmo quando as pessoas já não se encontram lá fisicamente.


A mudança não é fácil (especialmente quando se passa tanto tempo numa organização, marcada por tantas tradições visíveis, por uma aculturação tão forte que se manifesta até pelo vestir...), as despedidas também não, talvez por ser(mos) egoístas e querermos continuar no quentinho do conforto emocional com a presença de quem é habitual. A felicidade por ser uma mudança para melhor ultrapassa sem dúvida o sabor agridoce deste egoísmo momentâneo e primário.


Resta-me valorizar as relações que são habituais, mas sempre importantes, mesmo sabendo que estão por perto e fazem parte da rotina. Resta-me alimentar aquelas que quero manter e fazer crescer sempre, porque serão sempre amizades para a vida.