Elegy
Nunca tinha ouvido falar deste filme. Não tinha expectativas, mas conseguiu surpreender-me. Não sei bem como é que algo nos pode surpreender, quando não temos expectativas, mas acontece... basta uma primeira ideia, uma primeira imagem, um título, uma primeira impressão formada, para de seguida sermos surpreendidos.
Elegy é um filme sobre a vida e o amor, sobre a relatividade do tempo e a forma como às vezes não se vive a vida, só porque... qualquer coisa. Há sempre uma razão qualquer, um raio de motivo que muitas vezes não tem razão de ser, ou não tem de ter razão... Razão construída.
Esta história tem, para mim, um poder profundo, como tantas outras histórias, filmes, livros, porque permite descobrir coisas novas e procurar mais fundo dentro de nós próprios. E tal como diz a personagem tão bem retratada pelo excelente Ben Kingsley, se voltar a ver o filme (ou ler o livro...) daqui a 10 anos, terá um significado diferente, porque eu estarei diferente. Talvez não completamente diferente, mas com uma nova forma de entendimento... Porque ao mudarmos, transformamos connosco o que vive à nossa volta.
"A beleza está nos olhos de quem vê"... e aos meus olhos, este filme é magnífico, desde o argumento, à interpretação dos actores (A Penélope Cruz, para além de sensual, interpreta uma personagem forte e vunerável ao mesmo tempo ) e à realização.
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