terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Querer Vs.Poder


Defronto-me constantemente, no percurso da minha vida, com o dilema "querer vs. poder". Desde pequenos, somos ensinados, ou devemos ser, que não podemos fazer ou ter tudo aquilo que queremos. Não podemos ter um brinquedo porque é caro demais, não podemos comer doces a toda a hora porque faz mal aos dentes, não podemos ver TV sempre que nos apetece porque no dia seguinte há escola, não podemos fazer barulho para não incomodarmos os outros... não podemos, não podemos, não podemos tanta coisa.

Enquanto adultos, as regras que aprendemos passam a ser impostas por nós próprios e pela sociedade, seja qual for o constrangimento... monetário, moral, cultural. E continuamos a não poder fazer, ou ter ou dizer tudo o que nos apetece.

Mas este saudável mecanismo regulador da sociedade (ou seríamos nós uns selvagens) torna-se, por vezes, limitador da nossa espontaneidade, da nossa ambição e da nossa vontade... e até do nosso comportamento. Começamos a confundir o "não posso ou não devo" com alguma acomodação e com a necessidade de satisfazermos as vontades dos outros e não as nossas, com a necessidade de correspondermos àquilo que consideramos o certo e o ideal. O certo e o ideal... representações socialmente partilhadas ou construções da nossa cabecinha... Porque é tão difícil às vezes fazermos o que realmente queremos nesta vida? Mesmo se não for o ideal... o "normal" ou até o "certo".

Às vezes enfio-me a mim própria numa "caixa" e não consigo pensar para além dela... ou movimentar-me para além dela... então acredito que não posso sair dela... mesmo que queira.

Raios parta a mudança, é difícil, mas sou sempre atraída por ela... I wonder why?

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Percepção


A forma como encaramos o mundo que nos rodeia, a realidade, é a nossa perspectiva, a nossa percepção. É apenas uma representação mental, que pode ser distorcida. É a nossa visão sobre uma pessoa, situação ou objecto. É uma perspectiva inevitavelmente influenciada por quem fomos, somos e seremos e por quem temos à volta.

Só vemos o que queremos (ou conseguimos), e comportamo-nos "accordingly". E decidimos congruentemente. Sobre nós próprios, os outros, sobre tudo na vida.

Se percepciono que este espaço já não tem tanta piada e que ando sem inspiração, que mais vale "dar um tempo" às palavras e poupar os olhos a quem me lê, da "cerebrite" que me compele a escrever umas coisitas medianas... afasto-me por um tempo.

Um afastamento natural, sem discussão nem "baba e ranho" à mistura, típica das relações ambivalentes e imaturas. Mas também um afastamento sem justificações, promissor de um regresso esperançado (da minha parte).


A saudade já pairava há muito sobre os meus dedos ansiosos e viciados, mas os neurónios da escrita teimavam em não desenferrujar.

Ainda bem que a perspectiva pode evoluir e transformar as nossas vontades em acções, por mais simples que sejam.

Escrever é arriscar e concretizar quem sou, é tornar-me eu própria...
É deitar cá para fora um pouquinho do que vai cá dentro.
É organizar ideias ou sonhar que sou uma personagem diferente.
E eu gosto, muito. :D

Não faz mal se a minha percepção me segredar que sou boa nisto umas vezes e má noutras, provavelmente é mais real do que se disser que sou sempre mediana.

Hoje decidi escrever... sempre que me apetecer.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Surf


Nas férias que se acabaram, comecei a aprender um novo e muito atractivo desporto, o surf! O balanço foi sinceramente positivo, depois de muitos factores a desafiarem a vontade e o sucesso da prática... o surf é exigente, muito divertido e apaixonante, daqueles desportos em que se passam horas a praticar sem darmos conta do tempo!

Apesar de continuar no início da minha aprendizagem, consegui interessar-me muito naturalmente por tudo o que está relacionado com o surf, apreciar todo o ritual que envolve ir para o mar com um fato e uma prancha "toda pintas" e sentir um arrepio quando vejo chegar uma onda maior. É desafiante lutar contra a exaustão para remar até apanhar a onda e gratificante sentir a adrenalina quando o consigo! Todo o esforço é sinceramente compensado por pequenos momentos, em que me consigo sentir (quase) a "surfar", levada com força pela onda perfeita!

A relação com a prancha, que no início é irritantemente teimosa e reguila, parecendo fazer o que lhe bem apetece, torna-se mais próxima quando aprendemos a controlá-la sem que ela nos deite abaixo... tantas vezes!
Surfar é conhecer melhor os segredos do mar, aprender a respeitá-lo e a adorá-lo cada vez mais... é aproveitar ao máximo o que a vida nos dá de bandeja.

É ter coragem... de cair, de concretizar e de ser feliz... de uma forma simples.

sábado, 23 de maio de 2009

Generosidade

Cruzamo-nos, ao longo da vida e no quotidiano com o mais variado tipo de pessoas, com as mais diversificadas espécies de atitudes. As atitudes podem mudar, as pessoas mudam, mas a forma como os nossos olhos as encontram também é diferente. Ganhamos surpresas, perdemos inocência e construímos barreiras. Porque é preciso erguê-las para nos tornarmos mais fortes e menos expostos.

Para compensar e equilibrar a construção da couraça defensiva, surgem personagens subtis neste filme que é a vida. Pessoas que são espontaneamente generosas, que naturalmente dão o que de melhor têm, que inconscientemente oferecem palavras meigas e gestos sinceros, que sem intenção pensada querem o bem do outro sem moeda de troca.
Generosas são aquelas como as estrelas mais discretas e pequenas, mas muito brilhantes... São as pegadas na areia mais difíceis de apagar pelo mar. A generosidade é um bem invisível que tantas vezes nos esquecemos de apreciar. É a mão que nos segura bem forte, mesmo numa corrente turbulenta. É quando sentimos que se faz tudo o que for preciso para nos roubarem um sorriso de bem estar. É sermos incondicionais sem ferirmos ninguém. É a pureza de dar sem esperar o mesmo de volta. É um pedaço muito grande do amor e da amizade. É um bem querer muito doce.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Frustração

Palavra feia, sentimento pesado e incomodativo, que combina com a palavra. Frustração é investir esforço e não conseguir, é esticar a motivação e não alcançar, é querer e não ter, é ter a certeza e não ser aceite, é acertarmos mesmo ao lado...
Aprendemos a conviver com a frustração desde muito novos e a controlar os nossos impulsos mesmo quando nos sentimos frustrados, em diversas situações.


A baixa resistência à frustração está muitas vezes associada a pessoas extremamente exigentes, que são bem sucedidas e raramente provaram o sabor amargo do insucesso.
A frustração é seguirmos um caminho confiantes e descobrirmos que ele não tem saída, é subirmos uma montanha debaixo de um calor intenso e descobrirmos no topo uma paisagem inóspita e um esforço vão. É termos vontade de escrever e fluirem palavras estéreis.
É querermos bem a alguém que não nos dá importância. É não termos culpa e sermos punidos.
É vermos transformada uma amizade num desconhecimento cinzento.
As respostas à frustração podem ser tão torpes como a angústia a ela associada e deixar uma mossa na alma envergonhada. Mas também podem ser indício de mudança, de um virar de página ou simplesmente um sinal de persistência naquilo em que acreditamos.
Que bom que podemos reflectir, re-analisar, reprimir ou redimensionar o que nos acontece... para que ela não ande constantemente pelas redondezas do nosso viver.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Carta a Jasmine

Foi-me enviado por um amigo, escrito por um amigo seu que por sinal escreve lindamente. Delicioso. E vem daqui.



"Um mercador do Ocidente disse-me que perguntaste por mim. Na altura senti-me tão feliz que saltitei euforicamente por todos os telhados de Bagdad, como um gorila enlouquecido. Paguei três maravedis por um ramo de margaridas – a flor que já não há no teu jardim - despedi-me do génio e do macaco, e ala para os portões desse palácio onde não posso entrar.


Os aguazis barraram-me a passagem, aqueles filhos de uma cameleira! Nem imaginas o ensejo que me perpassou de desembainhar o meu alfange e cortar a eito as malhas reais que me separam de ti. Mas tamanho desacato valeria mais uma temporada no algoz, e bem sabes que não aguento a jaula.
Ainda me lembro daquela noite de Verão em que cruzámos um primeiro olhar. Espreitava-te por entre arbustos, e tu choravas mágoas e desventuras que nunca compreendi. E foi então que te chamei:
“-Menina dos olhos molhados!” Na altura nem te sabia princesa, eu que andava foragido a um bando de salteadores.
“- Menina dos olhos molhados!!”


E tu olhaste-me com surpresa, e aturdida com o meu desplante. Mas és demasiado refinada para manifestações de desagrado e dedicaste-me um simpático sorriso amarelo. Desde então passei a ver na cintilação húmida do teu olhar o futuro que gostaria de ter, a viagem onde quero para sempre embarcar. Passei a suspirar pela mais inacessível entre as mulheres do sultanado.


Vãos se tornam os sonhos dos desafortunados. Era impossível! Nem com toda a magia do génio, nem com todas as minhas acrobacias poderias voltar a ver-me com olhos molhados. Pertenço a um mundo longínquo do teu, e há distâncias que nem um tapete voador pode percorrer.

Se tu és Sherazade, eu sou Xarriar.
Se tu és Ali Babá, eu sou os quarenta ladrões.
Se tu és princesa… eu sou plebeu.



Linda princesa, linda, linda…

Por ti enfrentava todos os cádis e vizires impolutos. Por ti deixava de frequentar tabernas e mulheres de má vida, e tomava banho todos os meses. Mas nada disto teve valor naquele Outono do nosso afastamento.

Por vezes passo as horas lassas do meu desalento a contemplar o teu palácio, lá ao longe, no cimo dos montes. Os muros engelhados... as torres desveladas… as cúpulas que resplandecem o brilho vacilante dos teus olhos molhados…

Um dia, Jasmine, um dia, havemos de aprender a voar no meu tapete mágico em busca do mundo ideal. Um dia percorreremos os céus e a imensidão que nos rodeia numa viagem feita de ventos, sonhos e canção, em que o limite será a nossa vontade rumo à noite constelada.


Até breve

Aladino"

(escrito por Dados Viciados)

domingo, 5 de abril de 2009

Fotografia


Agora já me posso dedicar mais a sério a um dos meus interesses, a Fotografia.

Andava a poupar pacientemente, mas pelo aniversário recebi como presente uma Canon Reflex espectacular... Adorei e já comecei a fazer experiências (ainda tenho muito que aprender!). Amanhã vai fazer-me companhia para a Terceira.

Vamos ver como me saio nesta forma de expressão.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

31


Somei 31, no dia 31!

Um dia normal, com muitos mimos, meiguices, presentes especiais e muito carinho (e o meu bolo de chantilly com morangos!!).

Não posso desejar mais! :)

domingo, 22 de março de 2009

Bicicleta


Fui dar um passeio de bicicleta em Monsanto. A vontade era nula, consequência de alguma preguiça e das preocupações pequeninas do "ter de fazer" e do "dever". Depois de muita insistência dos amigos, lá me decidi ao fim da tarde e o passeio calmo inicialmente previsto para a ciclovia do Guincho, foi uma volta em Monsanto, em caminhos que mais adequados a BTT!
A falta de vontade transformou-se em lazer e distracção neste início de Primavera... Foi bom para deixar de pensar em tanta coisa pequenina, trabalhar as pernas e estar com os amigos. Para a semana, o encontro já está marcado!

domingo, 15 de março de 2009

Relativo

Às vezes perdemo-nos tão estupidamente no meio das nossas preocupações, dos nossos problemas tão nossos e tão sérios, dos conflitos e situações gravosas das nossas vidas, que nos esquecemos de relativizar e desdramatizar. Que nos esquecemos de aproveitar o que de bom tem a vida, que fazemos questão de ter pena de nós próprios e dos nossos, que nos esquecemos de olhar para o lado e perceber que somos uns sortudos neste mundo louco recheado de mortes irónicas e doenças surpresa.

É bom lembrarmo-nos que tudo é relativo, nada é permanente ou garantido e o que realmente importa é o presente e como vivemos o momento do "agora".

sexta-feira, 6 de março de 2009

Esgrima

A esgrima (do antigo provençal escrima do vocábulo germânico skirmjan, "proteger") é um desporto que evoluiu da antiga forma de combate, em que o objectivo é tocar o adversário com uma lâmina ao mesmo tempo que se evita ser tocado por ele. Existem três disciplinas de esgrima: o florete, a espada e o sabre, diferindo não só no formato da lâmina mas também nas zonas do corpo onde um toque é válido e também como as armas funcionam. (Fonte: wikipédia)

Comecei a praticar este desporto, com espada, há cerca de 4 meses e acabei por conhecer uma modalidade completamente diferente das que estava habituada, mas tenho gostado bastante. A esgrima, ao contrário do que pode parecer, exige uma boa preparação física, concentração, táctica e técnica, para além de ser, na minha opinião, extremamente elegante!

Nesta semana fui à minha primeira prova de Esgrima e foi fantástico! Senti-me uma verdadeira atiradora, uma esgrimista numa competição importante, apesar de ser um torneio "amigável". Foi óptimo sentir a adrenalina das pistas e conhecer ainda mais de perto o que envolve este desporto. Aliada à minha adrenalina e alguma capacidade de arriscar, tive o que se chama sorte de principiante e trouxe para casa o 2º lugar (em 17 atletas)!

Foi uma óptima forma de motivar-me a continuar En garde!

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Spatitude


O presente generoso que recebi no dia de S. Valentim levou-me até ao Spatitude, um Spa em Lisboa que traduz plenamente o conceito que tinha de Spa.


Depois de quase uma manhã inteira naquele espaço lindo, confortável e luxuoso, onde tive a oportunidade de experimentar 45 min de Hidroterapia e quase 2h de uma massagem Tailandesa muito relaxante, saí de lá completamente renovada, muito "Zen" e num estado de espírito muito equilibrado.


Este é sem dúvida daqueles mimos que toda a gente devia experimentar pelo menos uma vez por ano!

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Secrets & Lies

Segredos. O oculto desejado. Um mistério guardado numa boca perdida, esquecido numa caixinha segura, lá dentro da amizade, ou prestes a ser usado como uma bomba detonada, por quem o apanha mal-intencionadamente.

Um segredo pode ser uma partilha, um desabafo, um colar de palavras que precisa de ser exibido mas ao mesmo tempo escondido. Um segredo pode ser algo que se sabe inadvertidamente mas se esquece por não ser nosso.
Os segredos são como aquelas caixinhas de objectos importantes que guardamos quando somos miúdos, como os bilhetes de uma ida ao cinema muito especial, uma concha de mar de um verão quente e sorridente, um pin da adolescência com significado ou a primeira carta de amor recebida... Guardamos essa caixinha no fundo de um armário esquecido, enterrada no esconderijo do quintal ou do jardim das férias, para um dia mais tarde a recuperarmos... ou para que fique eternamente selada em momentos gravados pela saudade e esquecidos pelo tempo.
Todos nós temos segredos, nossos, dos outros. Somos ensinados desde cedo que os segredos são importantes como tesouros, senão, não os usaríamos com 6 anos para conquistar uma amizade ("Vou contar-te um segredo..."). É uma espécie de moeda de troca para uma amizade ou relação mais forte. Se partilhamos um segredo com alguém, esse outro é especial... supostamente. Sente-se importante porque é o único ou dos poucos a ter uma informação preciosa. É um voto de confiança, ou talvez de ingenuidade, porque quem o passa a deter, pode usar essa informação como quiser: guardar, partilhar com outros, deturpar, espalhar. O segredo torna-se então num trunfo, que mostra a verdadeira natureza da pessoa que o tem, ou da relação que as envolve. Será que existem mesmo segredos que morrem connosco? Será que existem segredos que têm mesmo de ser revelados... ou viver na ignorância é viver feliz?




A complexidade dos segredos não se fica por aqui. Há segredos que são mentiras, que não existem, que são fruto da imaginação, do calculismo ou da maldade de alguns. Aqui, podem ser incluídas aquelas monstrinhas, as intrigas. E estas crescem desmesuradamente, mas ainda mais quanto a importância que se lhes dá. Segredo sem importância, "cusquice", segredo "cabeludo", intriga, mentira, nem sempre é fácil distinguirmos os níveis desta escala volátil.




As relações humanas são complexas demais para as compreendermos na sua plenitude. Mas com paciência e jeitinho, a compreensão vai aparecendo, sempre em forma de desafio e aprendizagem. Ou isto sou eu a convencer-me de que não há pessoas más...

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Despedida

Dizer adeus é sempre difícil. É difícil largar o que nos é querido, quem nos é querido, mesmo quando sabemos que é para uma situação melhor, mesmo quando não se trata de uma verdadeira despedida, porque vamos continuar a conviver, a rir, a conversar, a compreender e a relacionarmo-nos com essas queridas pessoas. Apesar disso, uma despedida é sempre um adeus, por mais que nos convençamos que é um "até já", especialmente quando nos acomodámos à presença constante, diária, permanente nos nossos rituais e rotinas, de tal forma que os gestos tão habituais, as perguntas tão automáticas, o recorrer ao apoio tão inconsciente, surge espontaneamente, mesmo quando as pessoas já não se encontram lá fisicamente.


A mudança não é fácil (especialmente quando se passa tanto tempo numa organização, marcada por tantas tradições visíveis, por uma aculturação tão forte que se manifesta até pelo vestir...), as despedidas também não, talvez por ser(mos) egoístas e querermos continuar no quentinho do conforto emocional com a presença de quem é habitual. A felicidade por ser uma mudança para melhor ultrapassa sem dúvida o sabor agridoce deste egoísmo momentâneo e primário.


Resta-me valorizar as relações que são habituais, mas sempre importantes, mesmo sabendo que estão por perto e fazem parte da rotina. Resta-me alimentar aquelas que quero manter e fazer crescer sempre, porque serão sempre amizades para a vida.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Sonhos


Que o caminho até aos meus sonhos seja conduzido sempre de forma sóbria, aventureira mas ponderada, com classe, originalidade e harmonia, características que associo a esta magnífica Vespa. E de preferência sempre com um sorriso nos lábios e sem magoar ninguém na estrada complicada da vida...


Boa semana!

domingo, 18 de janeiro de 2009

A vida é feita de legos

Gostava de pensar menos. Pensar é cansativo, desgastante. À pala de pensar demais é que estou sempre com estas dores na cervical e contracturas insuportáveis, a culpa é deles, dos pensamentos. No fundo, a culpa de tudo o que nos acontece é dos pensamentos e dos sentimentos.



O pior é que isto é um ciclo vicioso, e não podemos atirar as culpas para mais ninguém para além de nós próprios! Sim, por exemplo, quando elegemos aquela pessoa como uma grande amiga ou melhor amiga, é porque NÓS pensamos que ela reúne condições para isso, que é espectacular, parecida connosco nas opiniões e perspectivas, que nos dá o ombro quando precisamos e ouve as maiores parvoíces quando queremos desabafar.


Mas somos nós que construímos a pessoa ideal, o amigo ideal, o amor ideal. Será que elas têm mesmo aquelas características que gostamos tanto? Ou o sentimento positivo que nos prende oculta as imperfeições, relativiza os defeitos, esconde as verdadeiras atitudes que não vemos? E depois sentimo-nos desiludidos, coitadinhos de nós, tão ingénuos, incrédulos por não responderem ao telefonema ou à mensagem, por terem sido frios quando em tempos eram incondicionais! Bahh!


E a partir desse momento começamos a ver de outra forma aquela pessoa... "se calhar não é tão perfeita, se calhar eu até vi mal"... Pois é... a "culpa" é só nossa, por criarmos expectativas altas, por esperarmos demais, por acreditarmos só no lado bom e recusarmo-nos a aceitar o "lado lunar". Ou por não conseguirmos perceber que as relações mudam, evoluem ou desevoluem, mesmo que continuemos a considerar aquela pessoa um amigo próximo com quem podemos contar, passamos a representar um amigo distante ou um conhecido.


Mas o que assusta mesmo é percebermos que aquela pessoa foi sempre assim, nós é que não vimos. Construímos a nossa realidade como nos convinha, como quisémos, para que as nossas necessidades fossem satisfeitas. Será que quando vemos os outros, nunca conseguimos entender como são na sua plenitude? É difícil prever o comportamento do outro, adivinhar o que pensam e sentem...


Que vida maluca, onde parece que andamos a brincar aos legos constantemente, a construir imagens dos que nos rodeiam que depois se desmoronam e temos de voltar a construir um modelo mais feio!! Começo a questionar-me se o que vejo dos outros é sempre ficção construída por mim e se é impossível ver a realidade.

Ontem recebi um mail que dizia que "ninguém é perfeito enquanto não te apaixonas". Isto faz-me reforçar a ideia que quando estamos apaixonados, encantados, muito ligados aos outros não nos apercebemos de outras coisas menos boas... não nos apercebemos que afinal até são egoístas, auto-centrados ou pouco humildes.

Talvez por isso as amizades duradouras demonstrem que é nos nossos piores momentos que se vê quem gosta de nós... e que o amor não é efémero como a paixão cega, e integra, aceita e valoriza todas as imperfeições do outro.


Será que vou ter de construir legos relacionais para sempre?

sábado, 17 de janeiro de 2009

Beggin

A música que me faz mexer, sorrir e dançar, actualmente! Impossível não ficarmos bem dispostos!


domingo, 11 de janeiro de 2009

Brrrr!


Está frioooo!!!

O fim de semana foi passado em casa, a trabalhar e a estudar (que remédio)!

E amanhã já é segunda feira...

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Feliz 2009


Que este novo ano seja muito especial, com boas surpresas, sorrisos constantes e muito carinho! Que consigamos ter tempo de qualidade para aqueles que nos amam e nos querem bem!
Feliz Ano Novo!