segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Ah, pois é...


Este colinho bom é só MEU... pelo menos por enquanto!

domingo, 28 de outubro de 2007

Castelo de Areia

Quando me consigo abstrair das rotinas diárias, por vezes penso na forma como agimos enquanto seres por quem o tempo passa a um ritmo mais ou menos acelerado, consoante a nossa vontade e necessidade.


Por um lado, temos tendência a viver numa insatisfação constante, a querermos sempre mais e melhor, às vezes mais no plano material (ter um carro melhor, uma casa melhor, roupas melhores, etc) do que no nosso desenvolvimento enquanto pessoas. Por outro lado, também identifico com frequência a tendência à acomodação, ao conforto de não se fazer nada mais para além das obrigações mínimas (em casa, no trabalho, na relação com os outros) e a manter a vidinha de sempre porque já estamos habituados, porque temos medo de mudar, porque temos medo que corra mal, porque se foi sempre bom assim, para quê mudar?


Consigo identificar estas duas facetas em mim própria, naquilo que vivi e quero viver, e encontro-me tantas vezes a ponderar sobre o futuro e o passado, que quase me esqueço do presente.


Utilizando uma expressão muitas vezes usada pelos mais velhos, "se soubesse o que sei hoje" teria feito algumas coisas diferentes no meu passado. Não é que me prenda a isso, não é que me arrependa do que fiz, sinto-me bem com o meu percurso, mas é claro que podia ter feito mais e melhor, gostava de ter "vivido" mais.


Inevitavelmente, isso faz-me pensar no futuro, naquilo que quero fazer, no que me trará satisfação pessoal e profissional, nos meus objectivos de vida... Era tão bom se pudéssemos consultar a bola de cristal do nosso futuro, pelos menos por três vezes... Eu usava um desses cartuchos agora, para saber o que vou saber no futuro, para saber que opções devo tomar, para saber se sigo a intuição ou a razão mais ponderada. Não me quero arrepender do que não fiz.


Enquanto isso, nos últimos tempos tenho vivido o presente em pause ou slow motion, deixando-me levar como uma garrafa perdida em alto mar, com uma mensagem importante no seu interior, na expectativa quanto ao seu destino (deve ser por isso que tenho dormido mais!).

Mas se tenho passado os dias num ritmo mais lento, obedecendo apenas às rotinas, no meu interior sinto os pensamentos a voarem à velocidade da luz (se acham que escrevo muito e ao pormenor, se espreitassem os meus pensamentos assustavam-se!), num turbilhão que me desorganiza e me deixa presa neste limbo entre a vontade de arriscar, de mudar e viver muito mais para além da vidinha, e a necessidade tremenda de estabilizar e sentir que tenho algo de que me posso orgulhar, de viver prosaicamente em família e numa carreira que garante o bem-estar suficiente.

E são tão fortes estes pensamentos que me assolam à cabecinha, que me vejo em dois filmes no futuro, cada um retratando uma dessas vidas... que me parecem incompatíveis.


Porque é que os sonhos de adolescente, ingénuos e utópicos, se desvanecem, se há quem consiga ir para o mundo ajudar quem precisa? Porque é que é não podemos ter a aventura, o trabalho gratificante, as viagens e a casa, os filhos e a relação estável simultaneamente?


Não sei se está na hora de assentar os pezinhos na terra e despedir-me dos castelos de areia ou de subir mais alto...


A verdade é que não temos as sete vidas dos gatos e, como diz uma querida amiga, "só cá andamos cerca de 80 anos..."

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Probabilidade


Ando tão distraída, tão distraída... que um dia destes vou trabalhar descalça e só dou conta quando me disserem!

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Intuição



"Intuição, em filosofia, é o nome dado ao processo de apreensão racional não-discursiva de um fenómeno ou de uma relação. Se a razão discursiva se caracteriza por um processo paulatino que culmina numa conclusão, a intuição é compreensão directa, imediata de algo."
Fonte: Wikipédia



Ultimamente tenho pensado bastante na minha intuição, tendo em conta a ocorrência de alguns acontecimentos algo estranhos, coincidências (ou não...), sonhos, pressentimentos que se confirmam. Não é raro pensarmos numa pessoa, num acontecimento e isso realmente acontecer (pelo menos em certa medida), e associarmos isso a uma coincidência surpreendente. Mas quando começa a acontecer várias vezes... digamos que dá que pensar! (uhh... spooky)

Tenho tido vários espisódios deste género, desde sonhar com uma data de um assunto importante e confirmar que a data era a mesma na "vida real" (tenho de jogar no euromilhões!), a pensar que iria ver naquele dia uma pessoa com quem não estava há bastante tempo e encontrar-me com ela por acaso, a lembrar-me, a caminho do trabalho, de assuntos esquecidos que fiquei de conversar com colegas há muito tempo e, surpreendemente, falarem-me disso justamente nessa manhã... enfim, estas e outras situações que me fazem pensar na minha intuição e recear os pensamentos negativos. Sim, porque os pesadelos tornam-se duplamente desconfortáveis se acreditamos neste tipo de "pressentimento".

Nestes casos, prefiro nem pensar muito na situação, porque acredito que os pensamentos negativos atraem energia negativa, logo, acontecimentos negativos. Quando estamos mal, quando pensamos negativo, tudo à nossa volta sente isso, a tensão, a preocupação, a carga negativa... e tudo o que nos rodeia age de acordo com isso (não estão à espera que vos respondam com amabilidade se forem agressivos, pois não?).


Manter o pensamento positivo nem sempre é fácil, tendemos a centrar o nosso pensamento no que não gostamos, não queremos, não concordamos, na nossa vida, em nós, nos outros, em vez de pensarmos no que queremos melhorar exactamente, nos objectivos, na parte positiva...

Será que são os pensamentos que atraem os acontecimentos ou os acontecimentos que provocam os pensamentos intuitivos?


Mas voltando à intuição... Por mais racionais que sejamos, a intuição não deve, de todo, ser ignorada! Ela faz parte da nossa percepção imediata, da informação sensorial que recebemos do que nos rodeia... e às vezes surpreende-nos! Não a desvalorizo, só por considerar que não me dá factos reais e concretos, por ser menos objectiva. A intuição pode ajudar a esclarecer situações complexas, a clarificar desconfianças, a percepcionar mal estar no outro, a sentir que estamos em sintonias diferentes numa relação, que apesar de nos dizerem uma coisa, mostram outra completamente diferente, ajuda-nos a interpretar o comportamento não verbal de forma tão preciosa como uma medição mais científica e, mais importante que tudo, ajuda-nos a decidir, a seguir um de diferentes caminhos que se colocam à nossa frente. Sem impulsividade nem emotividade, mas como auxílio à ponderação e à rapidez de acção.


Acredito na intuição... talvez como um sexto sentido (estereotipado como pertencente mais às mulheres... que o desmintam os homens!) que nos guia e ajuda a interpretar.


E como dizia o génio...


"Não existe nenhum caminho lógico para a descoberta das leis do Universo - o único caminho é a intuição"
Albert Einstein

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Necessidade ou Dependência?


Esqueci-me do telemóvel e hoje estou de serviço, o que significa que vou estar até amanhã de manhã sem o telélé... É nestas alturas que nos apercebemos o quanto somos dependentes desta maquinazinha que nos liga aos outros. Será que é por isso que somos (alguns!) tão dependentes dos telemóveis, da internet... porque nos ligam aos outros, ao mundo? Uma ligação ténue, sem dúvida, porque nada substitui um olhar, um sorriso, uma troca de palavras cara a cara. Mas insistimos em procurar estar mais perto através das novas tecnologias, em estarmos disponíveis, em abreviarmos o espaço e o tempo... Será apenas uma necessidade (apesar das suas inúmeras vantagens) ou uma dependência inevitável? Eu cá sinto-me quase uma viciada... mas não está a ser assim tão mau!

Ao menos serviu para me lembrar como era antes de existirem estas novas tecnologias, em que marcávamos um encontro e esperávamos pacientemente sem telefonar se houvesse um atraso de 5 min, enviávamos postais em vez de sms nas alturas festivas, cartas em vez de mails quando estávamos longe de casa, tirávamos fotos e o resultados era surpresa e usávamos mapas em papel em vez de GPS para as viagens.

Não considero que as novas tecnologias sejam prejudiciais por isso, porque ninguém me impede de continuar a fazer tudo isso, a diferença é que agora temos mais, mais escolha, mais vantagens, maior facilidade para nos comunicarmos e chegarmos onde queremos. Mas é certo que o risco é alguma dependência inconsciente e por vezes inevitável.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Pensamento do Dia


Um amigo é aquele que conhece as nossas fragilidades e não se aproveita disso em nenhuma situação.
SJ

Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza


Vi nas notícias que hoje é o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza. Não fazia ideia que existia um dia para assinalar esta causa, mas serviu para me consciencializar e pensar um bocadinho neste assunto que, apesar de não me ser indiferente, me parece distante no quotidiano.


O Presidente da República inaugurou neste dia o Banco de Bens Doados, uma espécie de Banco Alimentar mas para tudo o que não é perecível nem alimentar (móveis, roupa, brinquedos, detergentes, tudo!). De certeza que já existiam instituições deste género, mas pareceu-me muito bem divulgarem este tipo de Banco, já que muitas vezes quero desfazer-me de coisas que já não quero ou não preciso e ficam a acumular na arrecadação à espera de encontrar uma instituição a quem doar.


Por muito simbólico que seja, pode ser que este dia nos faça pensar um pouco menos em nós próprios e mais em quem precisa e nos encorage à acção...
PS-Será que o dia também se aplica à erradicação da pobreza de espírito? Faz falta... :p

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Desafio real



O desafio é proposto por mim, para mim:
Encontrar um par de calças que me assente bem, depois de 53 modelos de 20 lojas diferentes (ok, ok, só fui às 4 lojas do costume, mas nada!) que me ficaram pessimamente!! Ahhhh....help!

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Trip to Amesterdam



O prometido é devido! A viagem correu lindamente, como já disse! Fazer férias numa cidade europeia, cheia de atracções culturais e animação diurna e nocturna também pode ser cansativo, se quisermos aproveitar ao máximo, mas sem dúvida que deu para espairecer e descansar a "mente", que é o mais importante. O objectivo também não foi correr os museus todos, os monumentos todos e tirar mil e uma fotos sem aproveitar os momentos. O que mais gosto de sentir numa cidade destas é uma amostra da sua vida, das pessoas, do movimento, da diversão, da gastronomia e da cultura. O balanço foi claramente positivo!




O que mais gostei:
1. De partilhar um pouco da vida da minha irmã em Amesterdão (e do futuro cunhado, que está em Bruxelas e veio passar o fim de semana connosco!), por matar saudades mas também por estar no apartamento dela, conhecer os amigos de vários países, as rotinas, os espaços e a vivência;















2. Dos holandeses, a maioria deles são simpáticos e bastante disponíveis, apesar de se encontrar gente de todo o tipo (em todas as culturas!), o que se torna enriquecedor, porque a diversidade cultural é impressionante;

3. Dos canais, que dão um encanto muito próprio à cidade, romântico (com o maridão comigo ainda mais), antigo, sugestivo à imaginação de histórias misteriosas, com as suas casas-barco pitorescas e únicas, e com os edifícios antigos a espreitar sobre os canais (qualquer dia caem mesmo, imensos prédios estão completamente tortos porque estão apoiados em pilares de madeira enterrados em areia!);








4. Das bicicletas (amei!), que são aos milhares e milhares, no total quase cerca de 1 milhão de bicicletas em Amesterdão! É verdadeiramente impossível andar 100 metros nesta cidade sem ver uma viatura de duas rodas nas espectaculares ciclovias (e muitas vezes fora delas!), o que confere a Amesterdão um movimento incrível, uma vida muito própria (levam mil e uma coisas na bicicleta, desde pessoas à pendura, malas enormes, falam ao telemóvel, crianças em bancos próprios à frente e atrás, cães em carros atrelados à frente, impressionante!). Andar de bicicleta pela cidade no último dia foi simplesmente fantástico e muito desafiante (ia sendo abalroada umas quantas vezes, eles não são nada meigos a conduzir!)










5. Dos símbolos da cidade e do país que (apesar de serem apelativos à vertente mais turística) têm significado e histórias interessantes, nomeadamente, as socas de madeira (eram mesmo usadas de madeira, por serem resistentes e adaptadas à vida no campo e agricultura!), os moinhos, as tulipas (lindas!); (Não vou falar de mais planta nenhuma até porque não me aproximei muito de mais nenhum tipo de erva... lol)









6. Do estilo de vida muito pragmático, funcional, até um pouco desligado dos aspectos materiais (sem grandes luxos, não há grandes preocupações com comprar coisas luxuosas, da moda, o telemóvel e o carro e os móveis pra casa xpto's)


7. Do Museu Van Gogh, especialmente do "Almond's Blossom", tão lindoooo!











O que menos gostei:
1. As ruas de Amesterdão são muito mais sujas do que imaginei!! As nossas cidades são bem mais limpinhas;

2. Dos urinóis espalhados pelas ruas, esqueci-me de tirar fotos, mas eram uma espécie de cones com 3 lados para os senhores fazerem o xixi em plena rua, sem nada à volta a tapar!


3. A Red Light District é algo único, provavelmente até dá melhores condições às profissionais do sexo, mas impressionou-me bastante ver as mulheres expostas nas montras como autênticos objectos.

4. Da gastronomia, basicamente não existe nada de típico para além de arenques crus (tou dispensada!) e, imaginem... batatas fritas com maionese que se vendem na rua (provei para saber se eram especiais, mas soube-me a... batatas fritas com maionese!)
Uma viagem a repetir, sem dúvida!

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Amesterdão


Amesterdam é simplesmente linda, aproveitei muito bem a vida desta cidade cheia de canais e bicicletas e, "a cereja no topo do bolo" foi sem dúvida ter estado uns dias com a minha irmã! Regressei há 24h, mas a azáfama já foi grande, entre o trabalho e as tarefas domésticas que se acumularam e intensificaram com a viagem! Valeu a pena, tenho muito para contar no próximo post (hoje já 'tou cansadita e vou deixar-vos mais um dia curiosos...) mas deixo aqui esta foto como amostra do fim de semana delicioso!

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Bom fim de semana!

Vou viajar amanhã para Amesterdão e aproveitar o fim de semana prolongado para visitar a minha irmãzinha e a cidade de que ela tanto fala. Vai ser óptimo para espairecer, depois de um verão passado em casa e com o cansaço acumulado já a notar-se. Depois conto tudo, volto na terça! Bom fim de semana a todos, divirtam-se!