Chá
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Ao deitar, um chá quentinho e doce após um dia cansativo é um relaxante infalível, especialmente naqueles dias frios de inverno em que esta bebida nos aquece o coração.
O chá é bebido há séculos e a sua origem, como se sabe, remonta à China. Consta que a árvore do chá foi descoberta em 2737 a.C., por acaso, quando o imperador chinês Shên Nung, mais conhecido como o "Curandeiro Divino", dava um passeio pelas suas propriedades. O Imperador terá pedido a determinada altura que os seus servidores lhe fervessem um pouco de água, enquanto descansava à sombra de uma árvore. Terá sido precisamente dessa árvore que uma folha ter-se-á solto e caído dentro da taça de água fervida. Não tendo reparado, o Imperador bebeu o primeiro chá, sendo que nasceu a primeira chávena de chá.
O chá é proveniente dos rebentos verdes e frescos da planta Camellia Sinensis, da família das Teáceas. Porém, também se designam como chás as infusões provenientes de outras plantas. Consoante o processo de fabrico que é utilizado, assim se obtêm os vários tipos de chá.
Actualmente, cerca de 3 mil produtos designam-se por chá mas, na verdade, podem ser considerados chás apenas os que possuem na sua composição a planta Camellia sinensis. Ou seja, aqueles que nós chamamos de chá de hortelã, erva-cidreira e outros são, na realidade, tisanas ou infusões.
O chá até podia ser um pequeno prazer com prejuízo para a saúde, com necessidade de moderação no seu consumo, mas pelo contrário, tem benefícios e até algum poder curativo, segundo a medicina natural. Quantas vezes já nos aconselharam chá de erva cidreira para uma dor de cabeça, tília como calmante e camomila para a ansiedade? Ao que parece, o chá de menta é óptimo para a ressaca e o chá verde para o sistema imunitário, regeneração da pele e até para emagrecer, entre outros benefícios!
Realmente não me consigo lembrar de nenhum inconveniente ou desvantagem do chá, a não ser os que têm um sabor pouco agradável às nossas papilas gustativas (as minhas não apreciam particularmente o chá com aroma a baunilha, por exemplo) ou quando as queimamos (as papilas!) quando a bebida está a uma temperatura imprópria para consumo!
Vou continuar a saborear os meus chás preferidos (chá preto, de jasmim - of course -, verde, com sabor a frutos, especialmente maçã-canela, pêssego, manga ou morango) como um ritual de bem estar, mantendo a caixa de chá bem abastecida e diversificada, em casa, experimentando chás nunca dantes saboreados, nas casas de chá e usando os cinco sentidos para tirar partido desta bebida magnífica. É curioso apreciar as diferentes tonalidades dos chás quando se misturam com a água quente, tranquilizante sentir o perfume único de cada um, reconfortante aquecer as mãos frias no recipiente que acolhe esta bebida, saciante saborear cada gota e imprescindível ouvir com atenção o que nos rodeia na companhia de um chá, seja uma conversa amiga ou os nossos pensamentos.
Palavras tontas de uma "chazeira" inveterada...
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