segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Necessidade ou Dependência?


Esqueci-me do telemóvel e hoje estou de serviço, o que significa que vou estar até amanhã de manhã sem o telélé... É nestas alturas que nos apercebemos o quanto somos dependentes desta maquinazinha que nos liga aos outros. Será que é por isso que somos (alguns!) tão dependentes dos telemóveis, da internet... porque nos ligam aos outros, ao mundo? Uma ligação ténue, sem dúvida, porque nada substitui um olhar, um sorriso, uma troca de palavras cara a cara. Mas insistimos em procurar estar mais perto através das novas tecnologias, em estarmos disponíveis, em abreviarmos o espaço e o tempo... Será apenas uma necessidade (apesar das suas inúmeras vantagens) ou uma dependência inevitável? Eu cá sinto-me quase uma viciada... mas não está a ser assim tão mau!

Ao menos serviu para me lembrar como era antes de existirem estas novas tecnologias, em que marcávamos um encontro e esperávamos pacientemente sem telefonar se houvesse um atraso de 5 min, enviávamos postais em vez de sms nas alturas festivas, cartas em vez de mails quando estávamos longe de casa, tirávamos fotos e o resultados era surpresa e usávamos mapas em papel em vez de GPS para as viagens.

Não considero que as novas tecnologias sejam prejudiciais por isso, porque ninguém me impede de continuar a fazer tudo isso, a diferença é que agora temos mais, mais escolha, mais vantagens, maior facilidade para nos comunicarmos e chegarmos onde queremos. Mas é certo que o risco é alguma dependência inconsciente e por vezes inevitável.

3 comentários:

Hydrargirum disse...

As duas!!!

Necessidade...pq penso sempre em emergencias de saude...

E Dependencia...da tal necessidade!

Pedro M. disse...

Acho até que o único motivo pertinente para se abdicar do telemóvel é o amor incondicional, no caso de não ser possível ter ambos. E mesmo assim...

Miss Alcor disse...

Acho que pior que a dependência é mesmo a perda de comportamentos positivos: como mandar cartas, postais, e marcar encontros reais com as pessoas, em vez de lhes ligarmos!