Domingo
Cheguei há pouco a casa, saí hoje de serviço ODB. Um serviço com uma carga triste e pesada, por ter visto nos olhos de uma mãe a tristeza mais profunda que vi até hoje reflectida nos olhos de alguém...a morte de um filho. Não consigo imaginar porque não sou mãe, ainda, mas mesmo que fosse, deve ser inimaginável, mas dilacerante, suponho... É quando acontecem coisas destas que pensamos que os nossos problemas são tão relativos e não controlamos nada nesta vida! Quando saí da base ainda fui tomar um café com a amiga Sílvia Johnny, que estava por perto e enviou um sms para matarmos saudades. O tempo passa a correr quando estamos com quem gostamos e há sempre conversa por tudo e por nada, por falarmos sobre o essencial da vida ou cortes de cabelo... e lá se passou mais de uma hora! Talvez por ter ficado tão pensativa depois do serviço, quis regressar a casa pela marginal, como gosto de fazer às vezes nos dias de folga. Está um dia bonito, e acabou por ser um passeio de carro agradável, com cheiro a maresia, o mar a dar as boas vindas ao sol que brilhava no seu reflexo, a musiquinha tranquila de John Mayer a tocar, e eu simplesmente a apreciar a quantidade considerável de pessoas que aproveitam o domingo na praia ou a passear pela marginal, a pé, de mãos dadas ou a gesticular ideias, de bicicleta ou estendidas ao sol, sozinhas ou com os pequeninos. O café e o passeio ajudaram-me a passar para "outro registo", mais bem disposto, apesar do cansaço. E ainda bem, porque agora já apetece pôr-me bonita para o casamento a que vou daqui a pouco...Vai ser difícil disfarçar as olheiras, mas vai saber bem voltar a ver um casal a celebrar o mais importante, o Amor.
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