sábado, 17 de março de 2007

Intelecto e Emoção


A Mulher do Cientista:


"Era a mulher do cientista mais famoso do país, mas não era feliz no seu casamento porque não sentia o marido suficientemente solícito e terno.
Certo dia, encontrando-se a mulher no quarto, a chorar desconsoladamente, o marido entrou e ao vê-la assim, disse:
- Mulher, pára de chorar. Será que não sabes que as lágrimas não passam de um pouco de água, muco, fósforo e sal?
A mulher, desencantada, olhou-o e retorquiu com ironia:
- Ah, uma lágrima é apenas isso! És um homem de mente, mas não de coração."

Uma lágrima! O que não contém e exprime uma lágrima? Tantas emoções, sentimentos, estados de ânimo, esperanças, desventuras, alegria ou dor! De nada serve o saber livresco e a erudição se falharmos com o coração. Era o Buda quem dizia: "Dezasseis vezes mais importante do que a luz da lua é a luz do sol; dezasseis vezes mais importante do que a luz do sol é a luz da mente; dezasseis vezes mais importante do que a luz da mente é a luz do coração." Não há gema tão preciosa como a sensibilidade, e assim poder fazer-se eco dos estados emocionais das outras criaturas, em vez de os ignorar ou desdenhar. O intelecto é uma ferramenta muito poderosa, mas sem emoções é como a cana-do-açúcar sem açúcar, como a madeira do sândalo que não tem cheiro."

Ramiro Calle

O ideal é procurar o equilíbrio e fazer acompanhar o intelecto da dose certa de sensibilidade e emoção, sem deixar que ela se apodere completamente da razão... Tarefa nada fácil!

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